Tereza abriu o portão de sua casa, estava um dia chuvoso, sua calça de lama se enchia a casa passo. Mas ela continuava a caminhar para algum lugar.Pensava em como seria seu dia, se de alegria ou incertezas. Um mulher como outra qualquer, porém no era das mais caladas, apaixonada pela vida. Sorridente, ficava a pensar nas lembranças boas que agitavam sua mente.Nem percebia que sua calça de lama se enchia mais ainda.
Para no sinaleiro fechado, aguarda, abre para os transeuntes, um rapaz esbarra nela, quase a derruba, a segura firme.Ela sente um calor percorrer seu corpo, fica ruborizada,o jovem se desculpa. Seus olhares se cruzam.Ela fica fascinada por ele.Continua sua caminhada.
Tereza olha para o céu, continua chovendo, sua calça cheia de lama.
As pessoas se apressam, os carros correm, os ônibus lotam, as expressões se revoltam, a vida segue, e sua calça continua cheia de lama.
Ela finalmente chega a seu destino, um casarão bem antigo, muito bem decorado.Era de um príncipe francês, que veio para o Brasil no século XVIII, de uma estrutura sofisticada.Uma moça bonita e cheirosaa conduz para a sala de cinema, lhe serve um suco de pêssego e pede que aguarde,pois o filme começara em meia hora, ela olha sua calça, está cheia de lama,sorri, gosta de viver assim, sem se preocupar muito com as lamas que passam por sua vida.
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